Cooperativas se unem para dar destino ao material coletado nas arenas olímpicas
Claudete Costa tem 36 anos e diz que sua vida mudou em janeiro. Antes, ela estava à frente da cooperativa Reciclando para Viver. Poucos teriam a dureza e, ao mesmo tempo, a sensibilidade necessárias para coordenar 20 catadores que vivem nas ruas do Centro do Rio. Mas Claudete as conhece bem: morou nelas dos 8 aos 15 anos, depois que a mãe fugiu, com os quatro filhos, do pai, que bebia muito e batia nela. Conviveu com as vítimas da Chacina da Candelária — oito meninos assassinados por PMs perto da igreja. Ela e as amigas iam à igreja para paquerar. Passavam perfume na Mesbla, que funcionava ali perto, antes de chegar à praça. Quase foram na noite da chacina: desistiram para catar latinhas perto da Santa Casa.
8/8/20161 min read


Reciclagem e comunidade
